quinta-feira, 21 de julho de 2011

Hebreus





                                                                                                    







Segundo o dicionário Bíblico, da Bíbliaonline.net:

    A arte de tecer os pêlos dos animais era conhecida dos hebreus desde tempos muito afastados (Êx 26.7 - 35.6) - o saco penitencial, usado em ocasiões de tristeza, era feito de pêlo de cabra preta. o vestuário de João Batista era de pêlos de camelo (Mt 3.4). Em todos os tempos foi a 1ã muito empregada, particularmente nas vestes exteriores (Jó 31.20 - Pv 27.26 - 31.13). o linho fino era usado nas vestes dos principais sacerdotes (Êx 28.5), e dele também faziam uso as classes ricas (Gn 41.42 - Pv 31.22 - Lc 16.19). 
    Muito mais tarde é que foi introduzido o uso da seda (Ap 18.12). Era proibido pela Lei usar qualquer fazenda onde houvesse mistura de 1ã e linho (Lv 19.19 - Dt 22.11), provavelmente com o fim de fortalecer a idéia de pureza e simplicidade. A cor geral do vestuário dos hebreus era o branco natural, realçado em alguns casos pela arte do lavandeiro. 
    A referência ao fio encarnado (Gn 38.28) faz supor que já se conhecia nesse tempo a arte de tingir. os hebreus aprenderam com os egípcios vários métodos de produzir estofos, embelezados com o emprego de fios coloridos (Êx 35.25), fazendo uso de filigrana de ouro (Êx 28.6), e pondo figuras no tecido (Êx 26.1,31 - 36.8,35). os vestidos, confeccionados com fios de ouro (Sl 45.13), e, em tempos posteriores, com fios de prata, eram usados pelas pessoas reais - quanto aos ricos, os seus vestidos eram feitos com outras espécies de bordados (Jz 5.30 - S145.14 - Ez 16.13). 
    Vestimentas tingidas eram importadas de países estrangeiros (Sf 1.8) - a púrpura e o escarlate eram, em certas ocasiões, usados pelas pessoas luxuosas (Pv 31.22 - Lc 16.19 - 2 Sm 1. 24). o árabe moderno veste-se do mesmo modo que o antigo hebreu, com vestidos igualmente flutuantes. Há um vestido de fora, quente e pesado, e outro interior, de fazenda leve. Havia certa semelhança entre os vestidos dos homens e os das mulheres, embora com diferença suficiente para indicar o sexo: ‘A mulher não usará roupa de homem, nem o homem veste peculiar à mulher’ (Dt 22.5). Necessário artigo de vestuário era aquele que se assemelha à nossa camisa, feito de 1ã, algodão ou linho, e cingido ao corpo com um cinto. Quando qualquer pessoa aparecia vestida somente com essa roupa, dizia-se que estava nua (1 Sm 19.24 - Jó 22.6 - is 20.2 - 58.7 - Jo 21.7 - Tg 2.15). 
     Sobre essa espécie de túnica vestia-se outra, mais comprida que a primeira. o vulgar vestido exterior constava de uma peça quadrangular do pano de 1ã. Envolvia todo o corpo, ou punha-se sobre os ombros, como um chale, ou ainda o podiam lançar sobre a cabeça para ocultar a face (2 Sm 15.30 - Et 6.12). As mulheres usavam, como os homens, a mesma espécie de camisa, mas os seus vestidos exteriores eram diferentes, compreendendo também uma espécie de chale e um véu - e terminavam eles numa ampla franja que escondia os pés (is 47.2 - Jr 13.22). o vestido exterior dos hebreus era, também, utilizado como roupa de cama - e por isso um credor não o podia conservar em seu poder, depois do sol posto (Êx 22.26 - Dt 24.12,13). o costume de empenhar os vestidos parece ter sido muito comum. As vestes largas, flutuantes, dos hebreus davam lugar a uma variedade de ações simbólicas: quando as rasgavam, era esse gesto expressivo de várias emoções, como o desgosto (Gn 37.29,34 - 2 Sm 1.2 - Jó 1.20), o medo (1 Rs 21.27 - 2 Rs 22.11,19), a indignação (2 Rs 5.7 - 11.14 - Mt 26.65), o desespero (Jz 11.35 - Et 4.1). 
    Geralmente, apenas a vestidura exterior é que era rasgada (Gn 37.34 - Jó 1.20 - 2.12) - mas, em certos casos, a interior (2 Sm 15.32) - eem outras ocasiões tanto uma como outra (Ed 9.3 - Mt 26.65). Sacudir os vestidos, ou o pó, era sinal de rejeição (At 18.6) - estendendo-os diante de uma pessoa, esse ato significava lealdade e recepção alegre (2 Rs 9.13 - Mt 21.8), envolvendo com eles o rosto manifestava-se temor (1 Rs 19.13), ou dor (2 Sm 15.30 - Et 6.12 - Jr 14.3,4) - arrojando-os de si era indício de excitação (At 22.23) - e segurando-os, queria dizer súplica (1 Sm 15.27 - is 3.6 - 4.1 - Zc 8.23). Durante as viagens, os vestidos exteriores eram cingidos (1 Rs 18.46), e lançados fora quando embaraçavam os movimentos do corpo (Mc 10.50 - Jo 13.4 - At 7.58). 
    A expressão ‘tens roupa’ (is 3.6) indicava abastança, porque as mudanças de roupa constituíam um dos muitos elementos de riqueza (Jó 27.16 - Mt 6.29 - Tg 5.2). As mulheres da casa faziam os vestidos (Pv 31.22 - At 9.39) sendo certo que, em virtude da grande simplicidade do corte, não era preciso grande arte para os confeccionar. o profeta isaías (3.16) refere-se à extravagância no vestuário, e também Jr 4.30 - Ez 16.10 - Sf 1.8 - 1 Tm 2.9 - 1 Pe 3.3.

Vestuário do Sumo sacerdote hebreu













    Para a realização do ofício sacerdotal, era exigido do Sumo-Sacerdote santidade, e uma indumentária toda especial – "vestes santas". Devemos observar que a expressão "vestes santas" tem a ver com vestes diferenciadas do vestuário de uso comum. Seriam roupas utilizadas somente no ofício do ministério sacerdotal, exclusivamente separadas para o serviço no Santuário. Barrow resume os trajes do Sumo-Sacerdote da seguinte maneira:

    "Esta maravilhosa responsabilidade requeria uma pessoa santificada (Êxodo 29), o sumo sacerdote, vestido em seus "trajes santos". A parte superior da veste santa é parecido com um avental, e é chamado o Éfode. Por cima do Éfode, em forma quadrada, o peitoral, com doze pedras preciosas. Nos ombros havia mais duas pedras preciosas. A vestimenta azul era chamada de manto, embaixo do qual o sumo sacerdote usava uma túnica branca de linho fino, de obra tecida. Na sua cabeça está a mitra branca de linho fino. Ao redor da base da mitra está a lamina de ouro, gravada com os dizeres: "SANTIDADE AO SENHOR"
  As roupas do Sumo sacerdote do Antigo Testamento tinha 12 pedras preciosas no peitoral, representando as 12 Tribos de Israel. Êxodo 28:10

Pedra - Tribo:

1 - Sárdio - Judá
2 - Topázio - Issacar
3 - Carbúnculo - Zebulom
4 - Esmeralda - Rubén
5 - Safira - Simeão
6 - Diamante - Gade
7 - Jacinto - Jose
8 - Ágata - Manasses
9 - Ametista - Benjamim
10 - Berilo - Dã
11 - Ônix - Aser
12 - Jaspe - Naftali

sábado, 25 de junho de 2011

Egípcios



























Homens

    No Antigo Egito, os homens de todas as classes sociais usavam uma espécie de saia curta.

    Os calçados egípcios eram  formados assim: da ponta da sola partia uma correia que passava entre o primeiro e o segundo dedo do pé e se reunia no peito do pé a outras correias que formavam uma espécie de nó, e apertavam no calcanhar.

    Alguns egípcios usavam um vestido de linho pregueado, decotado e modelando o tronco. As mangas, também muito curtas, estreitavam igualmente. Eles atavam sobre o vestido um cinturão largo, feito de um lenço plissado e este dispunha-se de modo a formar uma espécie de avental triangular. O vestuário de gala era complementado com o uso de uma grande peruca frisada. Como adereço, usavam as jóias, colares, um gorjal(parte da armadura que protege o pescoço) , peitorais de cadeias duplas, pulseiras, braceletes e sandálias.

Mulheres 

    As mulheres egípcias usavam uma camisa muito fina e, sobre a mesma, um vestido branco, plissado e transparente. O vestido unia-se sobre o seio esquerdo, descobria o seio direito, abria abaixo da cintura e descia até os pés. As mangas dos vestidos eram decoradas com franjas e os antebraços ficavam despidos. 

    Os pulsos femininos exibiam pulseiras que podiam ser rígidas, ou formadas por duas placas de ouro trabalhado unidas por duas dobradiças. Os anéis também eram comuns.

    A peruca era objeto de uso obrigatório comum num traje de cerimônia. Além da cabeça, tapava as costas e as espáduas.

    Na cabeça, usavam um diadema (espécie de tiara) de turquesa, usavam também um cone. Não se sabe qual era a sua composição. Esse cone não era usado apenas pelas mulheres, os homens portavam cones semelhantes em algumas situações.       
      
    Os faraós, além da saia curta, por vezes usavam cobrir todo o corpo com uma capa de pele de leopardo curtida(figura 5), que incluia as quatro patas e a calda do animal. As próprias garras do bicho eram usadas como pressilha. No Império Novo passaram a usar sobre o saia curta um outro mais comprido, quase até o tornozelo, de linho fino bem transparente.

    Os egípcios, homens e mulheres, eram muito cuidadosos com a sua aparência pessoal e davam grande importância aos penteados, jóias, à maquiagem e ao vestuário. Este era , na generalidade, feito de linho, numa diversidade de qualidade que iam do material grosseiro, quase serapilheira, até aos tecidos muito finos, semelhantes à cambraia. A lã era considerada impura, e o algodão só veio a ser utilizado dois mil anos depois

Acessórios



                      


                                              









 Sandálias              

    O Egito antigo foi onde nasceram as primeiras sandálias. O calçado rasteiro e com tiras surgir em resposta ao clima e geografia do Egito.
    Os desenhos do Rei Narmer por volta de 3100 a.C. revelam um servente chamado de “carregador de sandália” andando atrás dos reis carregando as sandálias reais no seus antebraços indicando uma importância futura atribuída ao sapato nas vestimentas cerimoniais.
    Embora freqüentemente mostrados descalços em pinturas de parede , homens e mulheres também usavam sandálias. As sandálias egípcias eram feitas de couro, palha trançada, tiras de folhas de palmeira ou de papiro, ou feitas de junco de pântanos. O faraó e os proeminentes sociais os tinham feito em ouro, embora sandálias fossem um item de luxo para todos. Escavações em tumbas revelaram que esse objeto, originalmente estritamente utilitário, tinha uma função social. A sandália manteve continuidade de forma ao longo da civilização faraônica e duraram até a Era Copta (Copta significa egípcio) do Cristianismo Egípcio. 
    Quando um faraó entrava num templo, ou quando seus súditos celebravam o culto da morte nas capelas funerárias, eles removiam suas sandálias na entrada do santuário, um costume depois adotado por muçulmanos ao entrar nas mesquitas. O ritual mostrava a forte relação que existia entre o sapato e o sagrado, uma relação que também é estabelecida em passagens da bíblia, que será discutido abaixo. 
    O advento da sandália de bico levantado no Egito no segundo milênio a.C. é, provavelmente, uma influência Hitita. Foi o precursor da poulaine, ou sapato pontiagudo, uma moda excêntrica medieval introduzida na Europa do leste pelas cruzadas. Quando as sandálias então embrulhadas junto com outros itens para a outra vida da múmia, elas são colocadas no peito ou ilustradas em bandas horizontais decorando o interior do sarcófago de madeira. Evidentemente seu papel foi preservativo.
    Textos da era da pirâmide insinuam e refletem os desejos dos mortos de “caminhar usando sandálias brancas ao longo do lindo caminho dos céus onde os abençoados vagam”.

Primeira foto: O artesão de sandálias, representação. 18º Dinastia, 1567-1320 a.C.
Segunda foto: Sandálias de madeira com detalhes em ouro, tesouro de Tutancâmon, 18º Dinastia.
Terceira foto: Sandália egípcia feita de fibras de plantas.

                                                          Figuras 1, 2 e 3

Extras: Maquiagem

     É no antigo Egito que vamos encontrar os primeiros testemunhos do uso de cosméticos. Os faraós tinham nas perucas coloridas formas de distinção social e consideravam a maquiagem dos olhos ponto de destaque fundamental para evitar olhar diretamente para Rá, o deus -sol.

    As misturas de metais pesados davam o tom esverdeado para impregnar e proteger as pálpebras dos nobres. É também com a civilização egípcia que surge a distinção: "Mulher de pele clara" e "Homem de pele escura". Cleópatra bem representou o ideal de beleza daqueles tempos. Carismática e poderosa, a Cleópatra imortalizou seu tratamento banhando-se em leite, cobrindo as faces com argila e maquilando seus olhos com pó de khol.

                                                







quinta-feira, 16 de junho de 2011

Hititas


Guerreiros de nascença, os Hititas são por vezes conhecidos por causa das invasões ao Egito. Uma das mais famosas foi a Batalha de Kadesh,q uando o exército Hitita do rei Hattusilis guerreou contra o exército do faraó Ramsés II.

Hititas a esquerda e egípcios a direita

Fenícios




















Imagem 1. Jezabel, rainha fenícia


Eis aqui a cultura vestual de um povo difícil para se estudar. Quando se fala em fenícios, logo se pensa no:
Alfabeto fenício 


E o quão grandes navegadores comerciantes eles eram

Os fenícios eram um povo antigo que habitava a região costeira do Levante, conhecida como          Fenícia, que incluía partes do atual Líbano, Síria e Israel. A vestimenta dos fenícios refletia sua vida marítima, suas atividades comerciais e a influência de diversas culturas com as quais mantinham contato.

  1. Tecidos e Materiais: Os fenícios tinham acesso a uma variedade de tecidos, incluindo linho e lã. Suas roupas frequentemente apresentavam cores vibrantes, e os tecidos eram muitas vezes tingidos para criar padrões decorativos.


  2. Túnicas e Mantos: Túnicas eram a peça básica do vestuário fenício. Homens e mulheres usavam túnicas longas e soltas, frequentemente amarradas com cintos ou presilhas. Em climas mais frios, eram comuns mantos para proteção adicional.


  3. Adornos e Joias: Os fenícios valorizavam ornamentos e joias. Tanto homens quanto mulheres usavam pulseiras, colares, anéis e brincos. Estas joias muitas vezes refletiam a riqueza e o status social do indivíduo.


  4. Calçados: Sandálias eram o tipo comum de calçado, apropriado para o clima quente da região. Essas sandálias eram frequentemente feitas de couro ou outros materiais duráveis.


  5. Cabeça e Cabelo: Os fenícios costumavam cobrir a cabeça com turbantes ou chapéus. Mulheres também podiam usar véus ou lenços.


  6. Cintos e Detalhes Funcionais: Cintos eram elementos práticos e decorativos nas vestimentas fenícias. Eles não apenas mantinham as túnicas no lugar, mas também serviam como acessórios elegantes.


  7. Influências Culturais: Dada a posição geográfica estratégica da Fenícia como um importante centro comercial, as vestimentas fenícias poderiam ser influenciadas por outras culturas com as quais eles interagiam, como egípcios, assírios e babilônios.


segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Babilônios


 





Tecidos e Materiais: Os babilônios usavam tecidos como lã, linho e algodão para confeccionar suas roupas. As roupas eram frequentemente decoradas com bordados coloridos e padrões intricados.

Túnicas e Mantos: Uma peça de vestuário comum era a túnica, geralmente usada tanto por homens quanto mulheres. A forma e o comprimento podiam variar, e a túnica era frequentemente complementada por um manto ou xale, especialmente em climas mais frios.

Cintos e Adornos: Os babilônios usavam cintos largos e adornados, que não apenas seguravam as vestes, mas também eram elementos decorativos. Joias, como braceletes, colares e anéis, eram populares para homens e mulheres.

Calçados: Sandálias eram comuns nos climas quentes da Mesopotâmia. Essas sandálias eram muitas vezes feitas de palha ou couro.

Cabeça e Cabelo: Os babilônios cobriam a cabeça com turbantes ou chapéus, muitas vezes elaboradamente decorados. As mulheres muitas vezes usavam véus ou lenços para cobrir o cabelo.

Cores e Estilos: As roupas dos babilônios eram geralmente coloridas, refletindo uma variedade de tonalidades. Os estilos podiam variar dependendo da posição social e da ocasião.

Adaptação ao Clima: Dada a natureza quente do clima mesopotâmico, as roupas eram geralmente leves e soltas para permitir conforto e ventilação.

Possuímos menos evidências quanto às roupas de homens e mulheres durante a civilização da Babilônia (1894-1595 a.C.).
Os poucos indícios disponíveis sugerem que os babilônios usavam saias e xales muito semelhantes aos dos sumérios, embora alguns homens, durante o período da dominação babilônica usassem saiotes com debruns nas barras e um tipo de túnica totalmente bordada. As vestes eram decoradas com franjas mais elaboradas. Uma pintura descoberta mostra um rei vestindo um saiote com franjas em camadas em cores alternadas, vermelho, cinza, dourado e branco. Não há evidências de trajes femininos, exceto quanto às estatuas retratando deusas, vestindo trajes com mangas compridas e corpetes, decotes em V e saias de linhas retas.


domingo, 20 de fevereiro de 2011

Assírios





  Durante os períodos Neo-Sumério e Velho Babilônico (1900 – 1595 a.C.), os estilos de roupas masculinos e femininos permaneceram o mesmo, com variações menores. Homens continuaram a vestir túnicas, mas as extremidades e as bainhas dos seus trajes se tornaram mais elaborados. Os desenhos (padrões) das túnicas eram às vezes impressos em contratos, ao invés de em um selo (brasão). De aproximadamente 1400 antes da a.C. em diante, ambos homens e mulheres Assírios vestiam grampos ornados com franjas de pano envoltas no corpo e mantidas no lugar por um cinto, com a extremidade longa, com franjas caindo por entre as pernas. Kilts também eram usados, às vezes por baixo das túnicas.

  Mas até o final do primeiro milênio a.C., a moda mudou. A Assíria nos fornece duas fontes de informações sobre o vestuário, sendo que a maior fonte vem de objetos artísticos como esculturas, altos relevos, placas, marfins entalhados, e brasões (selos) cilíndricos. Textos do léxico também contém muitas palavras relativas ao vestuário catalogadas, e listam muitas características dos tecidos, de materiais baratos para os servos aos usados pela realeza.

 Homens vestiam uma túnica ou várias túnicas combinadas: esses trajes tinham manga-curta e eram presos por um cinturão na cintura, e os cobriam do pescoço aos joelhos. Às vezes a parte superior da túnica possuía tiras colocadas diagonalmente por cada ombro, cruzando o peito. Pessoas de um nível social melhor, tais como oficiais e militares, adicionaram uma capa à sua vestimenta. Na realidade, as ordens do harém real declaravam que se um cortesão fosse negligente, ele seria despido de sua capa – um claro símbolo de status. A capa era geralmente feita de lã, e as vezes de linho, em azul, vermelho, púrpura e branco. Havia um ornamento por cima, além da capa, que não tinha cavas para os braços e era colocado sobre o pescoço.

 Os Assírios geralmente andavam descalços, mesmo quando iam à guerra. Quando eles calçavam algo, geralmente usavam sandalhas com salto triangular e tiras passando por sobre o pé e ao redor do dedão. De vez em quando calçados mais elaborados eram descritos, como botas longas (usadas por guerreiros e caçadores) ou sapatos que cobriam o pé inteiro. Sabe-se menos sobre calçados femininos, apesar da rainha de Assurbanipal ter sido mostrada calçando um tipo de chinelo, cobrindo a metade da frente do pé.

 Prisioneiros de guerra geralmente ficavam nus. Os Assírios despiam grupos inteiros da população durante campanhas. Um texto descreveu uma população conquistada como tão empobrecida, que vestiam roupas feitas de papiro, o equivalente ao papel na antiguidade.

  Com a queda da Babilônia para o rei Persa Cyrus (539 antes de Cristo), as pessoas da Ásia ocidental vestiam a moda de seus conquistadores – um vestuário tradicional baseada nas calças.

 Os registros arqueológicos do segundo milênio antes de Cristo forneceram alguns exemplos de uso de pedras preciosas. Três tumbas reais foram achadas no Palácio Noroeste, construído por Assurmasirpal II (883-859 a.C.).

  Na Assíria, ambos homens e mulheres usavam jóias, como brincos, amuletos, selos cilíndricos e braceletes. Os antigos, como as pessoas hoje em dia, deixavam suas jóias através das gerações. Mulheres usavam braceletes nos tornozelos, uma prática ainda existente entre as camponesas no Iraque.

 Sabe-se pouco sobre as jóias da Neo-Babilônia, apesar dos textos se referirem aos joalheiros e ourives ligados ao templo Eanna em Uruk, e a casa de um confeccionador de enfeites de contas foi descoberta na Babilônia.

 Jóias, incluindo brincos, contas, pingentes, braceletes e tornozeleiras, foram achadas em casas particulares, junto de cosméticos, como potes de ungüentos para o corpo e cabelos, conchas de mexilhão contendo kohl (tipo de cosmético usado por mulheres no oriente – sombra de olho azul), escovas feitas de madeira e marfim, e pinças e espelhos de cobre e prata e até mesmo ouro. Os efeitos de bronze altamente polido, o que condicionava reflexos na sua superfície.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Os Persas


Localização Geográfica: Os persas originaram-se na região conhecida como Pérsia, que compreende  a maior parte do Irã moderno. A história dos persas está fortemente ligada ao planalto iraniano.

Império Persa: O Império Persa, também conhecido como Império Aquemênida, foi um dos maiores impérios da Antiguidade. Fundado por Ciro, o Grande, no século VI a.C., o império atingiu seu auge sob Dario I e seu filho Xerxes I. Estendeu-se desde o Egito até a Índia e abrangeu uma diversidade de culturas e povos.

Organização Política e Social: O império persa era governado por uma monarquia absoluta, onde o rei ou xá tinha poderes absolutos. No entanto, os persas eram conhecidos por sua política de tolerância religiosa e cultural, permitindo que os povos conquistados mantivessem suas tradições.

Ciro, o Grande: Ciro é frequentemente considerado um dos maiores líderes persas. Ele conquistou a Babilônia em 539 a.C., permitindo que os judeus exilados retornassem a Jerusalém e reconstruíssem o Templo. Ciro também é mencionado de forma positiva na Bíblia.

Guerras Persas: O Império Persa esteve envolvido nas Guerras Greco-Persas, notavelmente durante as invasões de Dario I e Xerxes I. As batalhas de Maratona, Termópilas e Salamina são eventos famosos desta época.

Cultura e Contribuições: Os persas fizeram várias contribuições para a civilização, incluindo a criação do sistema de correios, chamado de "Angarum", que facilitava a comunicação no vasto império. Além disso, desenvolveram um sistema de estradas conhecido como "A estrada real".

Religião: O zoroastrismo é a religião mais antiga conhecida dos persas, fundada por Zaratustra (ou Zoroastro). Essa religião enfatiza a luta entre o bem e o mal e a adoração de um único deus, Ahura Mazda.

Túnicas e Mantos: Uma peça de vestuário comum era a túnica, chamada de "kandys" ou "gandys". Eles também usavam mantos longos, especialmente os homens. A forma exata e o estilo dessas peças poderiam variar de acordo com a classe social e a ocasião.

Adornos e Acessórios: Os persas valorizavam joias e ornamentos. Tanto homens quanto mulheres usavam braceletes, colares e anéis. As roupas podiam ser enfeitadas com bordados elaborados e detalhes luxuosos.

Cobertura para a Cabeça: Homens e mulheres frequentemente cobriam a cabeça. Os homens usavam turbantes ou gorros, enquanto as mulheres usavam véus ou lenços.

Calçados: Os persas antigos usavam sandálias ou sapatos fechados, dependendo das condições climáticas e sociais. Calçados mais ornamentados eram reservados para ocasiões especiais.

Cores e Estilos: As cores e os estilos variavam dependendo da região e da época. Tecidos coloridos e padrões eram comuns, refletindo a riqueza e a diversidade cultural do império.

Armaduras Militares: Nas forças armadas, a vestimenta incluía armaduras de couro ou metal, capacetes e escudos. Os soldados usavam uniformes que diferenciavam suas posições e patentes.

  E quais as características de seu vestuário?

Tecidos e Materiais: Os persas utilizavam tecidos de alta qualidade, como seda e lã. A seda era muitas vezes associada a roupas luxuosas e usada por aqueles na classe mais alta da sociedade.








Os persas foram um dos primeiros povos a cortar e ajustar medidas das roupas, em vez de simplesmente vestir pedaços de tecidos. Historiadores acreditam que os persas vestiam roupas que tinham boas medidas (ao contrário dos egípcios) porque isto proporcionava conforto, bem como facilitavam a caça. Os homens persas vestiam calças que se ajustavam firmemente às pernas e túnicas e casacos. As mulheres vestiam-se de maneira similar aos homens. Calçados eram parte do vestuário normal. Este tipo de vestuário depois iria desenvolver-se na Europa ocidental, substituído as túnicas e casacos tradicionais dos gregos e romanos, na Idade Média. (Fonte: wikipedia.com)